As famílias moradoras do acampamento Irmã Dorothy, em Barbosa Ferraz, foram visitadas, no sábado, por acadêmicos, professores e agentes universitários da Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fecilcam). As cerca de 70 famílias que residem no local fazem parte do Movimento Sem Terra (MST) e na oportunidade explicaram a realidade do movimento resgatando fatos ocorridos ao longo da história.

A atividade faz parte das ações da Assessoria de Assuntos Comunitários, Ingresso e Permanência da universidade que busca estabelecer uma relação mais próxima entre a instituição e a comunidade. Segundo a responsável pela assessoria, professor Analéia Domingues, o objetivo na visita foi possibilitar que o grupo conhecesse a realidade social e a luta do MST pela terra e uma vida digna. “Manifestamos também o apoio da Unespar/Fecilcam na causa dos trabalhadores rurais sem terra”, acrescenta.

Informações referentes ao início do movimento, os objetivos pelos quais lutam, a dinâmica organizacional e como as famílias fazem para se manter foram alguns dos tópicos da conversa entre o grupo e os acampados. Os participantes da atividade também esclareceram dúvidas, conheceram os barracos e escutaram depoimentos de algumas famílias que integram o MST há aproximadamente 12 anos.

De acordo com os líderes que recepcionaram o grupo, existem muitas causas pela qual o movimento luta. As três principais são a luta pela terra, pela reforma agrária e pela transformação da sociedade. Através desses três objetivos querem garantir a terra para os que trabalham pela terra, condições mínimas de sobrevivência para as famílias e reconfigurar uma nova forma de organização social em que não prevaleça o consumo excessivo.

Audiência – Devido uma ação pública que está marcada para o próximo dia 26 de maio, os acampados convidaram os presentes na visita para participar. O ato político que contará com representantes dos governos estadual e federal vai acontecer no período da manhã e uma caravana de apoio ao movimento está em organização. Como explicaram, a ação visa estabelecer um diálogo para discutir a situação das famílias acampadas que buscam tornar a terra ocupada em assentamento.

Mais fotos da visita em www.facebook.com/fecilcam