A Universidade Estadual do Paraná (UEPR/Campus Campo Mourão-Fecilcam) teve, recentemente, mais dois estudantes aprovados em programa de mestrado na Universidade Estadual de Maringá (UEM). O ex-aluno de Engenharia de Produção Agroindustrial, João Batista Sarmento dos Santos, foi aprovado no mestrado de Engenharia Urbana. Já a ex-aluna de Administração e graduanda de Ciências Contábeis, Patrícia Grotti Schebeleski, foi selecionada para o mestrado de Administração, com área de concentração em Organizações e Empreendedorismo.
A aprovação de estudantes da UEPR/Fecilcam em várias universidades tem sido frequente, para a coordenadora do Núcleo de Pesquisa Multidisciplinar (Nupem), professora Alessandra Augusta Pereira da Silva, as aprovações, em grande parte, são consequências das ações da instituição em relação ao incentivo à pesquisa. A professora cita o exemplo do aumento do número de bolsas ofertadas para o Programa de Iniciação Científica (PIC). “Também aumentamos de dois para quatro os projetos a serem orientados por professor, possibilitando, desta forma, que mais estudantes participem do PIC”, explica.
Para o ex-estudante de EPA da UEPR/Fecilcam, João Batista, que foi aprovado no mestrado de Engenharia Urbana, a Iniciação Científica (IC) foi fundamental na graduação e, sobretudo, depois. “A experiência com IC me proporcionou sempre estar envolvido em meios de pesquisa e abriu algumas portas para mim, como o mestrado. A IC conta pontos na análise de currículo acadêmico e no momento da entrevista. E ainda ajuda bastante na escolha do orientador”, destaca.
De acordo com João, no 2º ano do curso ele resolveu se envolver com algo além da faculdade, ficou sabendo do PIC e quis participar. O estudante, na época, conversou com o professor Nabi Assad Filho, do departamento de Engenharia de Produção, que o orientou durante a graduação. ” Ele [professor] me sugeriu o tema do projeto. Então comecei a trabalhar com ele no laboratório de Química, a partir daí só parei de mexer com pesquisas quando me formei recentemente”. O estudante pesquisou sobre o a modificação do amido via oxidação para o uso na indústria alimentícia.
A coordenadora do Nupem garante que através da IC o aluno aprende a compreender o que é ser um pesquisador. “A leitura de textos precisa ser mais verticalizada e o aluno precisa aprender a produzir um texto científico, tanto na modalidade escrita como na oral. Este aprendizado dá-se de forma planejada e sistematizada dentro do PIC, sob a orientação de uma pessoa qualificada: o orientador. Tais atividades colaboram para o desenvolvimento científico do aluno e, consequentemente, prepara-o para ingressar em programas de mestrado”, afirma.
Para a professora, o conhecimento científico proporciona aos estudantes o questionamento do senso comum, o distanciamento da alienação e a ruptura de preconceitos. “Vou emprestar as palavras do palestrante Bejamin M. Carvalho, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), durante a Semana Pedagógica realizada neste ano na UEPR/Fecilcam: ‘o aluno precisa passar por, pelo menos, uma prática de pesquisa durante a graduação’”, finaliza.