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Campo Mourão e região é destaque entre historiadores Imprimir
14/04/2011
Na quarta-feira, 13, o tema do II Colóquio Nacional de Cultura e Poder: Territórios e Identidades da Universidade Estadual do Paraná (UEPR/Campus Campo Mourão-Fecilcam) foi sobre a constituição de territórios paranaenses, destacando-se Campo Mourão e região. Para falar sobre o assunto, três professores especializados em suas respectivas áreas abordaram aspectos diferenciados a respeito da colonização, apropriação e constituição de Campo Mourão.
O professor doutor Erneldo Schallenberger, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), falou sobre a origem do Guairá, essencialmente acerca das relações entre os brancos e os índios. O professor  chamou a tenção para a visão que tem entre dominador e dominado, afirmando que é necessário desconstruir essa perspectiva. “As reflexões são muito mais complexas. Havia resistência de identidades, negociações de culturas, relações de trabalho. A subjugação não foi tão violenta”, argumenta.
Já o professor doutor Lúcio Tadeu Mota, da Universidade Estadual do Maringá (UEM), apresentou os primeiros habitantes da região de Campo Mourão, que, de acordo com ele, datam de sete mil anos atrás. Mota ressaltou a questão de ocupar as terras e dar nomes às mesmas, retomando as nominações indígenas da região das tribos Guarani e Kaingang. Campo Mourão era os Campos do Mourão também conhecido por Kuaracibera, pelos Guarani, e Pahy-ke-rê, pelos Kaingang.
Como toda a colonização estava ligada à igreja, o professor Dr. Jurandir Coronado Aguilar, da Pontifícia Universidade Católica (PUC/Londrina), abordou as questões referentes à expansão territorial e a expansão eclesiástica que aconteciam concomitantemente. Para Jurandir, não há como dissociar a igreja, o catolicismo da época, das ocupações que ocorreram na região, assim como em todo o Brasil. “A igreja não só acompanhava, como também participava e integrava o processo de colonização”. Segundo o professor, anteriormente, os espaços eram determinados pelas paróquias. Ele cita o exemplo de Campo Mourão que deixou de abranger o município de Peabiru quando ocorreu a criação da paróquia peabiurense.
Para o estudante de História, Bruno Ropellato, os temas abordados foram muito bem entrelaçados pelos palestrantes. Ele diz que se identificou com o assunto. “É a linha que quero seguir, sobre religião”, explica, afirmando que quer pesquisar a religião como um todo. “Como a religião indígena, por exemplo”.  O professor Erneldo defende que deve haver mais pesquisas sobre a História Regional. “Para recuperar a memória e as tradições cultuadas nos espaços vividos, para que possam referenciar suas identidades”.

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