Conhecer na prática o que estão estudando em sala de aula foi o que fizeram os alunos do 2º ano de Geografia da Universidade Estadual do Paraná (Campus Campo Mourão/Fecilcam) no sábado, 14 de maio. As turmas – diurno e noturno – foram no Assentamento Marajó, localizado entre Peabiru e Engenheiro Beltrão, buscar mais informações sobre como é a vida das famílias que integram o Movimento Sem Terra (MST).

As professoras que coordenaram a visita, Gisele Ramos de Onofre e Nair Glória Massoquim, explicam que a atividade tem como objetivo complementar as aulas que tratam sobre a reforma agrária. “Nosso objetivo foi fazer com que os alunos tivessem uma experiência prática do que têm visto nos livros”, citam.

Como destacam as professoras, normalmente o que é repassado pela mídia sobre o movimento é uma crítica. “Na verdade fomos mostrar a realidade das famílias assentadas e possibilitar aos participantes uma melhor reflexão sobre os assuntos que envolvem o movimento”, cita Gisele.

Durante a visita os alunos fizeram entrevistas para verificar a situação sócio-econômica das famílias, souberam as dificuldades enfrentadas e a necessidade dos movimentos sociais no que diz respeito a realidade agrária. Os representantes do assentamento também falaram sobre questões burocráticas e sobre o acesso de terra, por exemplo.

Embora existam pesquisas e projetos dentro do curso de Geografia que tratam sobre o MST e a reforma agrária, esta foi a primeira experiência das turmas do 2º ano dentro de um assentamento. No local vivem atualmente 58 famílias e as primeiras ocupações ocorreram em 1999.