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MINI-CURSO

CHARLES DARWIN (1809-1882) E A TEORIA QUE REVOLUCIONOU O PENSAMENTO BIOLÓGICO

Drª Eloísa Silva de Paula Parolin, TIDE, Ciências Sociais, Fecilcam, eloisaparolin@gmail.com

Em 1859, o naturalista inglês Charles Darwin publicou pela primeira vez o que se tornaria seu mais conhecido trabalho: Origem das Espécies. Resultado de quase trinta anos de reflexões, a obra darwiniana representou um marco significativo na história do pensamento biológico.
Diferentemente dos cientistas que lhe antecederam, em sua Teoria da Evolução Darwin concentrou seus argumentos na Seleção Natural e na transmissão dos caracteres adquiridos, e assim, concluiu que na luta travada entre as espécies para sobreviver, os indivíduos melhor adaptados conseguem deixar um número maior de descendentes no meio. E, em função do meio estar sempre em contínua mudança, as espécies que sobrevivem são novamente submetidas a uma outra seleção. No decorrer do tempo, a partir desta relação seleção/adaptação novas espécies surgem na natureza (Ridley, 2006).
Contudo, grande parte da comunidade científica em fins do século XIX e início do século XX, mesmo aceitando a evolução como um dado científico real, recusava a Teoria da Seleção Natural. A principal crítica a esta Teoria se assentava na ausência, no interior da obra de Darwin, de uma “Teoria de hereditariedade satisfatória”. Esta “lacuna”, que atestavam os biólogos da época, seria suplantada no início do século passado com a retomada da genética mendeliana. As pesquisas subseqüentes revelaram a compatibilidade existente entre a Teoria da Seleção Natural darwiniana e a genética mendeliana, proporcionando o surgimento do que foi denominado “neodarwinismo, Teoria Sintética ou síntese moderna” (Ridley, 2006).
Desta forma, o principal objetivo deste mini-curso é discutir o impacto produzido pela Teoria da Evolução proposta por Charles Darwin no meio científico do século XIX e a respectiva implicação epistemológica de seu pensamento na Biologia contemporânea.