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MESA REDONDA

 

LINGUAGEM E EDUCAÇÃO – MANUAL DO PROFESSOR DE UMA COLEÇÃO DE LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA INGLESA: AUTONOMIA OU SUBSUNÇÃO DO TRABALHO DOCENTE?

FERNANDEZ, Cristina Mott. GP/CNPq, PG/UEL, UEM, cristinamott@yahoo.com.br

O objetivo deste estudo é investigar se o manual do professor (MP) é um recurso que promove a autonomia ou a subsunção do trabalho do professor ao capital representado pelas grandes editoras estrangeiras, produtoras de materiais didáticos de língua inglesa (LI), por meio da análise de textos do MP. Para a realização deste estudo, foram utilizados textos escritos (do MP). Os dados foram analisados utilizando-se os procedimentos teórico-metodológicos do Interacionismo sociodiscursivo (BRONCKART, 1999, 2006a, 2008; BRONCKART; MACHADO, 2004, MACHADO; BRONCKART, no prelo). O resultado das análises mostra que, o MP analisado veicula uma imagem do professor como um reprodutor e executor do que está apresentado pela coleção didática, o que caracteriza, consequentemente, seu poder de decisão como um aspecto muito limitado. Dessa forma, concluímos que a ferramenta MP, criada para auxiliar o professor em seu trabalho, provoca a sua subsunção ao capital, em conjunto com toda a coleção didática a qual dita o conteúdo a ser ensinado.

 

LINGUAGEM, DESENVOLVIMENTO, EDUCAÇÃO E SUAS RELAÇÕES: O ENSINO DE GÊNEROS E A SEQUÊNCIA DIDÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

SILVA, Alessandra Augusta Pereira. GP/CNPq, FECILCAM, alessandrafecilcam@yahoo.com.br

Na formação docente, a partir de uma pesquisa realizada em nível de mestrado, evidenciamos a necessidade de um trabalho na disciplina de língua inglesa que contemplasse várias dimensões do trabalho docente (AMIGUES, 2004; PLACCO, 2004), fazendo com que questionássemos se o procedimento da sequência didática pode contemplar tais dimensões. Assim, o presente trabalho propõe discutir a conceituação sobre gêneros textuais na perspectiva do ensino de gêneros, segundo os aportes teóricos e metodológicos do Interacionismo Sociodiscursivo, doravante ISD, (BRONCKART, 1999/2003/2007/2009, 2006, 2008; BAKTHIN, 2003; MACHADO E CRISTOVÃO, 2006; CRISTOVÃO, 2007; 2008; 2009). A partir deste quadro, discutimos a sequência didática segundo Schneuwly e Dolz (2004), contemplando sua definição no interior do ISD, suas características, bem como pesquisas intervencionistas que propuseram a seqüência didática como instrumento de formação docente na área de línguas estrangeiras. Concluímos, a partir desta pesquisa, que o ser humano, como um ser histórico e social, dentro das diversas atividades humanas, utiliza algumas ferramentas já disponíveis na esfera humana, como resultado de um acúmulo de conhecimento já apropriado pela humanidade. Este acúmulo – pré-construtos – neste caso, os gêneros textuais, podem e devem, segundo Schneuwly e Dolz (2004), ser instrumento e objeto de ensino. Em nosso caso, podem ser instrumento de formação docente.

 

UMA FACA SÓ LÂMINA: LITERATURA, CRÍTICA E ALTERIDADE

SILVA, Sandro Adriano da. UNIBAN/UDC, sandro@uniban.br
COQUEIRO, Wilma dos Santos. FECILCAM. vilmacoqueiro@ibest.com.br
BORBA, Débora Maria. PMM, deboramaria@hotmail.com
BATISTA, Sidinei Eduardo. PG/UEM, sidneyeduardo@ibest.com.br

As relações que se estabelecem entre Literatura, crítica literária e alteridade apontam a aporia dessa metáfora a que nos referimos no título, pois sobre elas se delineia a anatomia dos discursos: a imiscibilidade das vozes, as paixões e seus ônus, a resistência como narrativa de sua agudez cortante; o diálogo producente entre estética e imaginário social. Assim, esta mesa compõe-se de um mosaico de análises, com os seguintes objetivos: 1) Abordar no romance A santa do cabaré (2002), romance de Moacir Japiassu, a construção sóciocultural de identidade de gênero, da sexualidade feminina e de interseções temáticas e poéticas da pós-modernidade, naquilo que elas guardam de celeumas dentro dos estudos culturais. 2) Interpretar as questões relacionadas à identidade e à alteridade dos sujeitos em situação de colonização na obra Remembering Babylon (1993), de David Malouf, valendo-se especialmente da construção da personagem Gemmy, o sujeito culturalmente híbrido no contexto dos primeiros anos de colonização da Austrália, apresentadas no romance. 3) Em Acenos de afagos (2008), de João Gilberto Noll, analisar o arquétipo da metamorfose, suas implicações simbólicas e políticas na constituição de uma homomemória e de uma narrativa queer. 4) Mapear a representação dos conflitos femininos em uma atmosfera intiminista e insólita, marcada pelos moldes patriarcais nos contos: “Josete se matou”, “Aventureira Lola” e “O último verão em Copacabana”, que integram a coletânea O último verão em Copacabana (1985), de Sônia Coutinho. A mesa visa a estabelecer leituras rentáveis, portanto, das interfaces entre Pós-colonialismo, estudos feministas e Queer Theory, na busca de evidenciar o agenciamento de novas cartografias identitárias e suas poéticas de resistência.

 

LINGUAGEM, DESENVOLVIMENTO, EDUCAÇÃO E SUAS RELAÇÕES: A (RE)CONSTRUÇÃO DO TRABALHO DO PROFESSOR DE INGLÊSPELA LINGUAGEM

TOGNATO, Maria Izabel Rodrigues. GP/CNPq, FECILCAM, belinhatog@yahoo.com.br

Este trabalho tem por objetivo discutir as relações entre linguagem e trabalho na perspectiva do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) (BRONCKART, 1999/2003/2007/2009, 2006, 2008; BAKTHIN, 2003; MACHADO & CRISTOVÃO, 2006; CRISTOVÃO, 2007; 2008; 2009). Além disso, assumimos aportes teóricos da Ergonomia da Atividade Francesa (AMIGUES, 2004; SAUJAT, 2002, 2004) e também da Clínica da Atividade que se fundamenta na Psicologia do Trabalho (cf. CLOT, 1999/2006; FAÏTA, 2002, 2004, 2005; ROGER, 2007; SCHELLER, 2003). Tais opções teóricas justificam-se na medida em que todos esses autores tomam a teoria vigotskiana sobre o desenvolvimento e a concepção de linguagem de Voloshínov/Bakhtin como base de seus estudos. De um lado, o ISD nos permite tomar a linguagem como foco de nossos estudos e analisar os textos de forma bem instrumentada, pois é nos e pelos textos que se constroem as (re)configurações sobre o agir humano e, portanto, também sobre o trabalho. De outro lado, os aportes da Ergonomia da Atividade e da Clínica da Atividade, pelo maior número de pesquisas que focalizam as situações de trabalho, nos permitem construir uma visão mais ampliada sobre o trabalho docente, em suas diferentes dimensões e elementos constituintes. A nosso ver, isso permite que essas (re)configurações sejam postas em debate, aumentando o grau de possibilidades do agir do trabalhador e, assim, colaborando para seu desenvolvimento e de seu métier.