SIMPÓSIO
PROPOSTA DE SIMPÓSIO
ATIVIDADES ECONÔMICAS DO CIRCUITO INFERIOR E O CAPITALISMO GLOBAL
Virgílio Manuel Pereira Bernardino, Mestre, UNESPAR/FECILCAM
Valéria Barreiro Postali, Mestre, UNESPAR/FECILCAM
A presente proposta de simpósio constitui-se em uma reflexão teórica e metodológica que, é passível de questionamentos haja vista a complexa relação entre capitalismo global e atividades realizadas localmente. Contudo, ela revela as tramas e os dramas tecidos no espaço urbano dos países capitalistas, mostrando as contradições (re) produzidas no bojo deste modo de produção. Nossa proposta estende-se aos docentes do Ensino Superior e da Educação Básica, alunos e demais pesquisadores da Geografia e ciências afins. Atualmente, as pequenas economias são permeadas por pressões, crises e incertezas, características estas da era da globalização. O objetivo desta proposta constitui-se na discussão das atividades econômicas pertencentes ao circuito inferior da economia urbana inserindo-as numa perspectiva de possibilidades locais de comercialização, as quais têm seu espaço ameaçado diante do avanço dos grandes grupos capitalistas. A globalização é uma realidade que (re) organiza o espaço, portanto sentimos a necessidade de confrontar as diferentes realidades das pequenas economias e da força de trabalhado. Entendemos que as relações entre a globalização e o circuito inferior apresentam-se por meio da técnica, da informação, do consumo e das finanças, variáveis estas do denominado período atual (SILVEIRA, 2009). Na economia de mercado as relações econômicas são estabelecidas em favor dos atores hegemônicos, tal situação reflete-se nas múltiplas formas de exclusão das pequenas economias. Deste modo, a teoria dos circuitos econômicos de Milton Santos (1979) apresenta-se como um instrumento analítico de grande importância para a compreensão das contradições dos espaços geográficos, onde as implicações das desigualdades geradas pelo capitalismo global chegam às últimas consequências na vida da população. Assim, ao mesmo tempo em que o circuito superior, graças às modernizações técnicas, vem se consolidando cada vez mais como poupadoras de mão de obra, o circuito inferior se destaca como o principal provedor de ocupação e renda às populações mais pobres. Ressalta-se ainda nesta importante temática, a economia solidária, uma vez que esta configura-se como estratégia de comercialização, espaço de trocas solidárias, de venda direta e rodada de negócios; permite, por um lado, viabilizar os produtos comercializados e, por outro, resgatar as relações personalizadas entre os produtores e consumidores buscando, consequentemente, favorecer a fidelidade do consumo dos produtos e serviços desta economia urbana em plena expansão.
Palavras-chave: Circuito inferior. Globalização. Pequenas economias.
COMUNICAÇÕES VINCULADAS
O CIRCUITO INFERIOR DE PRODUÇÃO ESBOÇADO PELO PERFIL DOS FEIRANTES PRODUTORES DE MARINGÁ, PR
Virgílio Manuel Pereira Bernardino (UNESPAR/FECILCAM), virgilio_fecilcam@yahoo.com
Este trabalho relata resultados parciais de TIDE do ano de 2011 até agosto de 2012. Atualmente as feiras-livres são permeadas por pressões, crises e incertezas, características da era da globalização, que requerem capacidade dos feirantes para adaptações. O objetivo desta pesquisa é apresentar o perfil geoeconômico dos feirantes das feiras livres do produtor de Maringá (Pr), inserindo-as numa perspectiva de possibilidades locais de comercialização, as quais têm seu espaço ameaçado diante do avanço das grandes superfícies de varejo. Neste sentido, as feiras livres são muito importantes como possibilidade de abastecimento de uma cidade. Além disso, constituem um espaço democrático e mais humano, pois o consumidor tem a oportunidade de conhecer o produtor e a origem do alimento que consome. Ressalta-se ainda, nesta importante atividade, a Economia Solidária, uma vez que as feiras livres configuram-se como estratégia de comercialização, espaço de trocas solidárias, de venda direta e rodada de negócios; permitem, por um lado, viabilizar os produtos comercializados, e por outro resgatar as relações personalizadas entre os produtores e consumidores, buscando consequentemente favorecer a fidelidade do consumo dos produtos e serviços da produção familiar agroecológica.
Palavras-chave: Feira livre. Circuito inferior. Perfil geoeconômico.
CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DOS FEIRANTES DA FEIRA LIVRE DE RONCADOR - PR
Ruy Silva Reis (UNESPAR/FECILCAM), ruysreis@hotmail.com
Virgílio Manuel Pereira Bernardino (UNESPAR/FECILCAM), virgilio_fecilcam@yahoo.com
Este trabalho tem como objetivo divulgar os resultados de pesquisa de iniciação científica ocorrida de 2011 a 2012. O município de Roncador está localizado na região centro-oeste do Estado do Paraná. Sua economia apóia-se principalmente na agricultura e pecuária da pequena propriedade, o que contribui para a comercialização dos excedentes na feira livre. Como são atividades econômicas legalizadas, as feiras livres, representam uma fonte a mais de arrecadação tributária e geração de empregos. O perfil socioeconômico dos feirantes de Roncador, Pr, é constituído principalmente por homens com baixo nível de instrução e que obtém o seu sustento e de sua família com os recursos conseguidos na feira livre. Deste modo, a feira livre é um importante canal de comércio que dá ao feirante produtor a possibilidade de gerar renda e continuar trabalhando no campo, produzindo alimentos para a cidade. Assim, a caracterização socioeconômica dos feirantes evidenciou que as feiras livres de Roncador estão passando por uma crise e seu futuro está ameaçado. Essas transformações esboçam a própria reestruturação da produção, circulação e consumo que o homem estabelece em seu meio, embora alguns segmentos resgatem heranças estruturais que ainda fazem parte do cotidiano das cidades.
Palavras-chave: Caracterização socioeconômica. Feira livre. Roncador.
CARACTERÍSTICAS TOPOGRÁFICAS E SOCIOECONÔMICAS DO MUNICÍPIO DE MATO RICO-PR
Maria Simone Niclevicz (UNESPAR/FECILCAM), msimoneniclevicz@hotmail.com
Virgílio Manuel Pereira Bernardino (UNESPAR/FECILCAM), virgilio_fecilcam@yahoo.com
O presente trabalho relata a noticia de pesquisa do projeto de iniciação científica Análise Topográfica e sua Influência na economia do município de Mato Rico-Pr. Tem por objetivo analisar a influência da topografia na economia do município de Mato Rico a fim de buscar elementos que possam contribuir para o desenvolvimento econômico local. O município de Mato Rico está localizado na Mesorregião Centro-Sul Paranaense, e integra a Microrregião geográfica de Pitanga. No aprofundar do estudo pode-se verificar que o Município é de economia agrícola e apresenta fatores físicos que dificultam o desenvolvimento local, como por exemplo, relevo com acentuada declividade, presença de pedras, banhados e outros empecilhos à mecanização. O quadro natural é apenas um dos fatores que influenciam na dinâmica de desenvolvimento local, mas não se constitui em fator impeditivo para o mesmo. O Município se encontra isolado, pois não possui ligação asfáltica entre os municípios vizinhos, dificultando desta forma o acesso ao desenvolvimento econômico da região. Mato Rico está entre os piores indicadores de pobreza do estado do Paraná resultando em exclusão social e migração. Assim, o turismo rural sinaliza como alternativa para aqueles municípios que possuem a agropecuária como principal fonte econômica e que estão excluídos dos circuitos produtivos, como é o caso de Mato Rico.
Palavras-chave: Desenvolvimento local. Pobreza. Turismo rural.
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS DOS FEIRANTES DE CAMPO MOURÃO E SUA MOBILIDADE DE TRABALHO
Dean Gomes de Oliveira (UNESPAR/FECILCAM), dean91118340@hotmail.com
Virgílio Manuel Pereira Bernardino (UNESPAR/FECILCAM), virgilio_fecilcam@yahoo.com.br
Palavras-chave: Feirantes. Aspectos socioeconômicos. Mobilidade do trabalho.