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SIMPÓSIO


PROPOSTA DE SIMPÓSIO

A PRODUÇÃO TEXTUAL ESCRITA NO ENSINO SUPERIOR

Neil Armstrong Franco de Oliveira, Doutor, UNESPAR/FECILCAM
Renilson José Menegassi, Doutor, UEM

A partir da consideração de que a produção textual escrita se dá por meio de um trabalho processual e reflexivo, em razão das necessidades interativas que se estabelecem socialmente entre interlocutores que se manifestam responsivamente por meio de enunciados concretos, os objetos de investigação e exposição das pesquisas integrantes deste simpósio visam à reflexão sobre os processos de escrita de textos no ensino superior. O Simpósio “A produção textual escrita no ensino superior” busca, portanto, reunir pesquisadores que desenvolvam estudos sobre esse tema, considerando a relevância de se entender a escrita como um trabalho contínuo de ensino e aprendizagem, motivada e efetivada por necessidades reais de uso, em que o sujeito-autor acadêmico possa se constituir interlocutor de si, assumindo a posição social que a autoria exige, tendo outros interlocutores para quem dirigir seu texto por meio de circulação social definido. Portanto e para tanto, destaca-se a importância do desenvolvimento de uma capacidade discursiva que diz respeito ao conhecimento dos gêneros do discurso e de suas funções sociais. Isso inclui considerar as condições de produção estabelecidas para produção. O texto produzido, nessa perspectiva, torna-se o ponto de partida para que se efetive o processo de revisão, a partir das contribuições do professor mediador, de pares ou por meio da autorreflexão do sujeito-autor, em que a reescrita se dá a fim de que o enunciado atenda qualitativamente aos objetivos de uma interlocução marcada. Além da perspectiva teórica sociointeracionista, consideram-se pesquisas sobre esses processos por teorias de escopos mais específicos como: Psicolinguística, Linguística Enunciativa, Análise Dialógica do Discurso, Gêneros Textuais, Linguística Textual, Análise do Discurso, Interacionismo Sócio Discursivo entre outras, que consolidam investigações sobre ensino e aprendizagem de produção textual escrita, a partir de diferentes abordagens teóricas, aplicadas ou teórico-metodológicas.

Palavras-chave: escrita como trabalho. Produção textual escrita. Ensino superior.

 


COMUNICAÇÕES VINCULADAS


 

O PROCESSO DE LEITURA NAS AULAS DA UTFPR DO
CÂMPUS DE CAMPO MOURÃO

Marli Aparecida Pedro Duque, (UEM/UTFPR), marlipedro@utfpr.edu.br
Renilson José Menegassi, (UEM), renilson@wnet.com.br

Esta análise pretende compreender quais são as concepções de leitura do grupo de professores de Língua Portuguesa da UTFPR, do Câmpus de Campo Mourão, pelo fato de os alunos, do curso Técnico Integrado em Informática a nível médio, estarem obtendo ótimo desempenho no ENEM, o que tem contribuído, significativamente, para seu ingresso nas instituições de ensino superior. Os pressupostos teóricos estão alicerçados aos conceitos e às concepções de interação, enunciado, palavra, responsividade e gênero discursivo, postulados por Bakhtin e Volochinov (2004) e Bakhtin (2010), assim como à teoria de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) de Vigotski (2007). Para análise do processo, adotamos algumas categorias de leitura propostas por Menegassi e Angelo (2010). A análise permite-nos perceber que os professores preconizam a leitura de gêneros textuais secundários, cujo conteúdo temático é compreendido pela exposição do aluno em níveis elevados de reflexão devido a complexidade da linguagem, seu estilo e organização textual o que significa trabalhar com o Nível de Desenvolvimento Potencial em sua ZDP. Seus trabalhos com a leitura coadunam com a concepção de leitura pela perspectiva do leitor-texto pelo fato de considerarem, também, os conhecimentos prévios do aluno, sem perder de vista, as informações contidas no texto.

Palavras-chave: Leitura. Interação. Gêneros secundários.

 

FUNÇÕES DA REVISÃO E DA REESCRITA DE TEXTOS

Adriana Beloti, (UNESPAR/FECILCAM), dribeloti@gmail.com

 Este trabalho, recorte do projeto de pesquisa intitulado a constituição e o desenvolvimento da leitura e da produção textual no curso de formação docente em Letras, discute sobre as práticas de produção textual escrita, concebida e desenvolvida sob a perspectiva sociointeracionista de linguagem (Bakhtin/Volochínov 2006), que possibilita entender a escrita como trabalho (Sercundes, 2004), isto é, como um processo contínuo de ensino e aprendizagem, que envolve as etapas de planejamento, escrita, revisão e reescrita. Neste momento, buscamos relatar os processos de revisão e reescrita, realizados por uma acadêmica, em período de formação docente, após a intervenção e mediação da professora orientadora, na primeira versão de seu texto, do gênero projeto de pesquisa. O texto objeto de estudo é tomado pela perspectiva dos gêneros discursivos e, por isso, foi produzido, revisado e reescrito considerando suas condições de produção e suas funções sociais. Nosso embasamento teórico é, em especial, nos trabalhos de Serafini (1987) e Ruiz (2010), que tratam dos processos de correção, que levam à revisão e reescrita do texto pelo produtor.

Palavras-chave: Escrita. Revisão. Reescrita.

 

A PARTICIPAÇÃO DO PROFESSOR FORMADOR EM DIFERENTES FASES DA PRODUÇÃO TEXTUAL ESCRITA DE ACADÊMICOS DO CURSO DE LETRAS

Adriana Delmira Mendes Polato, (UNESPAR/FECILCAM), ampolato@gmail.com

O presente texto, vinculado ao projeto “Questões de escrita na formação de professores” apresenta resultados parciais decorrentes de pesquisa e extensão desenvolvidas junto aos acadêmicos do curso de Letras da UNESPAR/FECILCAM, cujo objetivo é discutir questões teóricas sobre a escrita e realizar práticas mediadas pelo professor formador para que se efetive a compreensão teórica a partir da vivência desse processo. Portanto, ancorados no entendimento de que a escrita é um trabalho processual individual e, ao mesmo tempo, social, que se dá a partir de situações comunicativas efetivas entre interlocutores socialmente situados, intencionamos apresentar reflexões teórico-práticas sobre a participação do professor formador nas fases de planejamento, escrita e reescrita do texto. Nesse decurso, o trabalho também se efetiva a partir do entendimento de que os modos como os sujeitos professor e aluno participam de todas as fases do processo de produção textual escrita determinam a qualidade da produção final. O referencial teórico à discussão é Bakhtin/Volochinov (1992, 2003), Vygotsky (1988) e autores da Linguística Aplicada como Geraldi (1993, 1996), Fiad & Mayrink-Sabinson (1994), Sercundes (1997); Jesus (1997) e Garcez (1998).

Palavras-chave: Produção textual escrita. Participação do professor. Curso de Letras

 

O PAPEL DO DIALOGISMO E DA POLIFONIA NA FORMAÇÃO DO ALUNO DO CURSO DE LETRAS E CONSEQUENTEMENTE DO PROFESSOR QUE ENSINA A ESCRITA

Similaine S. da Silva, (UNESPAR/FECILCAM), similaine@hotmail.com
Adriana D. Mendes Polato (OR), (UNESPAR/FECILCAM), ampolato@gmail.com

A partir da compreensão da natureza sócio histórica da linguagem e tomando como referencial teórico Bakhtin/Volochinov (1992, 2003), Vygotsky (1988) e os seus explicadores no Brasil, propomos essa comunicação objetivando discutir o papel do dialogismo e da polifonia no processo de formação escrita do aluno do curso de letras e consequentemente do professor que ensina a escrita. A língua é um processo ativo e criativo que considera os sujeitos como atores sociais e, nesse sentido, o texto também é considerado como o lugar onde ocorrem as interações. Assim, o dialogismo torna-se um constitutivo da linguagem, pois se define pelo diálogo entre interlocutores e pelo diálogo com outros textos.  Portanto, é de forma dialógica e polifônica que vão se construindo os enunciados responsivos, também impregnados das palavras do outro. Isso significa que a atividade de produção textual escrita se constitui no espaço escolar como um trabalho processual mediado pelo professor.  Nesse processo de escrita, os sujeitos professor e aluno precisam se constituir enquanto outros de si, para que se possa despertar, especialmente, no aluno, a consciência da linguagem como uma atividade responsiva.

Palavras-chave: Dialogismo. Polifonia. Escrita como trabalho.