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COMUNICAÇÃO

 

CONTOS DE MACHADO DE ASSIS EM SALA DE AULA: UMA PROPOSTA DE LEITURA POR MEIO DA ESTÉTICA DA RECEPÇÃO

Susana Araújo Oliveira (UNESPAR/FECILCAM)
Wilma dos Santos Coqueiro (OR), (UNESPAR/FECILCAM), wilmacoqueiro@ibest.com.br

Esse artigo tem por objetivo apresentar o trabalho com o gênero Conto, principalmente machadianos, por meio do Método Recepcional, de Bordini e Aguiar (1993), partindo das observações e da regência realizada na disciplina de Língua Portuguesa, em uma turma do 2º ano do Ensino Médio, de um Colégio Estadual, da cidade de Campo Mourão. O trabalho com contos, principalmente machadianos, que são ricos em suas temáticas e estruturas ficcionais, foi desenvolvido tendo como pressuposto que a melhor forma de criar condições para que os alunos se interessem pela prática da leitura é por meio da literatura. Nesse sentido, o conto caracteriza-se por ser uma narrativa curta, que traz temáticas tão complexas quanto à dos grandes romances em um reduzido número de páginas ou linhas, apresentando como maior qualidade os fatores de concisão e brevidade. Tendo em vista tal concepção, os contos se tornam mais atraentes aos estudantes do ensino médio. Por meio dos contos machadianos, podemos aproximar os temas com a realidade social, estimulando a reflexão e a imaginação do indivíduo. Dessa forma, o presente trabalho fundamenta-se em autores que discutem sobre as funções e importância do ensino de literatura como, entre outros, Candido (1972), Bordini e Aguiar (1993) e Zilberman (1986).

Palavra-chave: Literatura Brasileira. Estética da Recepção.  Contos machadianos.

 

UMA DISCUSSÃO INICIAL SOBRE A CATEGORIA DE TOTALIDADE E ELEMENTOS DO TRABALHO REAL DO PROFESSOR FORMADOR

Alessandra Augusta Pereira da Silva, (UNESPAR/FECILCAM), alessandrafecilcam@yahoo.com.br

 A pesquisa em desenvolvimento centra-se no campo da formação em pré-serviço, mais especificamente no trabalho Prescrito e Real de professores da área de língua inglesa de um curso de Letras de uma universidade estadual do Paraná. Seu objetivo está relacionado ao início de uma pesquisa de doutorado, sendo que, neste recorte, tem-se como intuito fazer uma reflexão inicial sobre elementos que constituem o Trabalho Real do professor a partir da categoria de Totalidade (Marx) e dos elementos constituintes do trabalho docente (Machado). A discussão é feita a partir do estudo da literatura, principalmente a partir dos princípios teóricos e metodológicos do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 1999; 2004; 2006; 2008, MACHADO, 1998; 2004; 2005; 2007, CRISTOVÃO, 2005 et al). Os resultados parciais apontam para uma relação entre a categoria de totalidade de Marx e os elementos constituintes do trabalho docente, propostos por Machado.

Palavras-chave: Totalidade. Trabalho real. Professor formador.

 

UM OLHAR SOBRE A CONDIÇÃO FEMININA: UMA LEITURA DO CONTO “I LOVE MY HUSBAND" DE NÉLIDA PIÑON

Adriele Gehring, (UNESPAR/FECILCAM), adrielegehring@hotmail.com
Wilma dos Santos Coqueiro (OR), (UNESPAR/FECILCAM), wilmacoqueiro@ibest.com.br

 Decorrente da crítica feminista, a narrativa de autoria feminina é reconhecida, ganhando cada vez mais projeção no campo literário. Nessa perspectiva, na trajetória da Literatura de autoria feminina no cenário brasileiro, Nélida Piñon aparece como uma das mais importantes representantes da fase feminista dessa literatura. Essa escritora constrói o universo feminino, arraigado às convenções sociais e seus conflitos, questionando aos valores patriarcais. Sendo assim, o foco desse trabalho centrar-se-á na análise do conto “I love my husband”, que integra a coletânea O calor das coisas (1980), de Nélida Piñon. A análise do conto respalda-se nas discussões que emergem dos estudos feministas de autoras como: Elódia Xavier (1998) (1999) e Lúcia Osana Zolin (2009) (2011).

Palavras-chave: Literatura de autoria feminina. Representação feminina. Nélida Piñon.

 

O RESGATE DE LENDAS NA REPRESENTAÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA: UMA LEITURA DE MACUNAÍMA

Adriele Gehring (IC), (UNESPAR/FECILCAM), adrielegehring@hotmail.com
Wilma dos Santos Coqueiro (OR), (UNESPAR/FECILCAM), wilmacoqueiro@ibest.com.br

 O presente artigo teve como objetivo uma análise da representação da identidade brasileira na obra Macunaíma, publicada em 1928, por Mario de Andrade. Esta obra tematiza a pluralidade racial brasileira e o surgimento das três raças, representadas pelos três irmãos: Macunaíma o branco, mas que não assume os valores dos brancos, Maanape, o negro e, por fim, Jigue, o índio. Mario de Andrade faz uma fusão de varias lendas de várias regiões brasileiras, mostrando que o Brasil pode ser considerado uma nação multirracial, de tudo e de todos, e é através dos desdobramentos destas lendas que se forma a história da vida do nosso herói sem caráter. Estas manifestações populares enriquecem a narrativa, apresentando-nos uma obra carnavalizada, que é, segundo Bakhtin (2002, p.122), “a transposição do carnaval para a literatura”. Macunaíma é então nosso herói carnavalizado, que desconstrói os discursos populares da época, como é o caso do sexo.  Assim, com base nas leituras teóricas de Manuel Cavalcanti Proença (1977), Antonio Candido (2000), Zilá Bernd (2003) e Mikhail Bakhtin (2002) entre outras, estudaremos a importância do resgate da cultura popular brasileira bem como sua utilização na obra de Mario de Andrade.

Palavras-chave: Pluralidade Racial. Cultura Popular. Identidade.

 

O GRITO PELA LIBERDADE NO CONTO THE DREAM OF NA HOUR, DE KATE CHOPIN

Suzelaine dos Santos Vieira, (UNESPAR/FECILCAM), suzy_santos_vieira@hotmail.com
Érica Fernandes Alves, (UNESPAR/FECILCAM), leka_erica@hotmail.com

Esta pesquisa objetivou analisar a opressão feminina na literatura. Tem como corpus literário o conto The dream of an hour (1894), de Kate Chopin. Mrs. Louise Mallard recebe a noticia, por meio de sua irmã Josephine e um amigo, de que seu marido Mr. Brently Mallard estaria morto. Neste momento, Louise sente uma inquietação, sobe até seu quarto, se depara com a janela aberta, e sente uma sensação de liberdade jamais experimentada. Porém ao final da tarde quando Louise sai do quarto, tem uma surpresa jamais esperada. Seu marido está na porta de casa. Quem acaba morrendo então é Louise Mallard, com problemas do coração. A metodologia de pesquisa baseia-se na crítica feminista e seus pressupostos teóricos desenvolvidos por ZOLIN e BORDIEU. The dream of an hour é obra reveladora que descreve a vontade da mulher de se libertar do patriarcalismo, além do sentimento de liberdade e êxtase talvez nunca sentido após o casamento. Mostra o anseio da mulher do século XIX pelo direito de ser livre. Desta forma, os resultados dessa análise indicam que o casamento foi, para muitas mulheres daquele século, uma verdadeira prisão que as tornava submissas ao marido, sem voz para manifestar suas vontades e desejos.

Palavras-chave: Feminismo. Submissão. Liberdade.

 

LITERATURA SOB A PERSPECTIVA DE LEITORES ADOLESCENTES

Daiane da Silva Lourenço, (UEM), dailourenco4@hotmail.com

Apesar de durante séculos o foco dos estudos literários ter sido a obra e seu autor, a partir do final do século XX o leitor começa a ganhar destaque em pesquisas. Em seus primórdios, os estudos teóricos voltados para a relação texto-leitor almejavam um “leitor ideal”. O desenvolvimento da Estética da Recepção e o surgimento de outras teorias, como a Sociologia da Leitura, comunidades interpretativas de Stanley Fish e os estudos sobre Letramentos, fizeram com que o leitor adquirisse mais liberdade. Desde então, pesquisas dedicadas a registrar interpretações de um grupo são cada vez mais desenvolvidas. Tais teorias acreditam que a leitura de um texto é culturalmente construída, que um leitor é influenciado pela localização geográfica, gênero, idade, situação econômica, entre outros fatores. Neste trabalho, apresentaremos resultados de uma pesquisa de cunho etnográfico realizada com alunos das séries finais do Ensino Fundamental II e com estudantes de Letras, mostrando suas escolhas de leituras e suas percepções sobre leitura literária. O estudo realizado focou as concepções de literatura dos dois grupos e procurou compreendê-las baseando-se nos estudos de Fish (1980), Escarpit (1974), Hauser (1977), Kleiman (1995), Street (1984), Zappone (2008). Os resultados mostram que o conceito de valor literário é convencionado.

Palavras-chave: Leitor adolescente. Recepção. Concepções literárias.

 

OS FIOS DO TEMPO EM CECÍLIA MEIRELES: UMA PROPOSTA DE TRABALHO COM A ESTÉTICA DA RECEPÇÃO

Patrícia de Oliveira (IC, FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA), (UNESPAR/FECILCAM), patty.oliveira25@yahoo.com.br
Wilma dos Santos Coqueiro (OR), (UNESPAR/FECILCAM), wilmacoqueiro@ibest.com.br

O estágio supervisionado é uma possibilidade de crescimento para os acadêmicos que, por alguns anos, debruçam seus estudos de teorias, processos e mecanismos para a melhoria do ensino de língua materna e língua estrangeira, bem como suas  literaturas. É no estágio que toda a teoria é posta em prática e os acadêmicos selecionam e correlacionam metodologias para viabilizar conhecimentos sistemáticos aos alunos. Por acreditar que a literatura possibilita o crescimento  humano, por meio da metodologia  da Estética da Recepção, foi levado a uma 3ª  série do ensino médio, de um colégio localizado no município de Campo Mourão, uma proposta de trabalho comparativo  com a poesia de  Cecília Meireles e outras artes como a pintura e a música.  Os textos utilizados foram: a canção 20 Anos Blues, de Elis Regina, a tela Time (1810 – 1812) de Goya, e o poema Retrato de Cecília Meireles, que apresentam como temática a passagem irremediável do tempo.  Embora alguns alunos tenham um pequeno bloqueio à poesia, o trabalho com a Estética da Recepção, que se baseou nos aportes teóricos de Jauss (1994) e Bordini e Aguiar (1993), facilitou o acesso, a fruição e o crescimento, contribuindo com o processo de humanização como postula Antonio Candido.

Palavras-chave: Estética da Recepção. Cecília Meireles. Tempo.

 

UMA PROPOSTA DISCURSIVA DO ENSINO DE GRAMÁTICA NA ESCOLA

Luciana Vedovato, (UNIOESTE), lucianavedovato@yahoo.com.br
Andressa Dias, (UNIOESTE), andressa-dias@live.com
Mayara Cristina Lazzaris, (UNIOESTE), may.lazzaris@hotmail.com

 Muito se questiona quanto ao ensino da gramática de acordo com o processo de aprendizagem do discente. Muitas vezes o professor se submete a ensinar uma “norma culta padrão”, porém, este ensino pode não estar de acordo com as condições sociais e com a cultura do seu público, dificultando assim a aquisição desse conhecimento gramatical e sua aplicação em um contexto sócio-comunicativo oral ou escrito. Nosso objetivo com essa pesquisa é abordar metodologias pelas quais a gramática seja sistematizada de acordo com os contextos sócio-comunicativos do discente, para isso futuramente iremos à sala de aula, buscando entender como está acontecendo o ensino gramatical, se está sistematizado de modo que o discente saiba aplicá-lo em sua vida ou não. Bagno(2000 p. 87) opina que: "A gramática deve conter uma boa quantidade de atividades de pesquisa, que possibilitem ao aluno a produção de seu próprio conhecimento linguístico, como uma arma eficaz contra a reprodução irrefletida e acrítica da doutrina gramatical normativa". Nessa perspectiva, buscaremos basear tais metodologias que virão a ser desenvolvidas em atividades de estudo do texto produzido pelo próprio discente através da pesquisa.

Palavras-chave: Metodologia. Gramática. Ensino.

 

A SIMBOLOGIA DO ESPAÇO NA CRÔNICA DA CASA ASSASSINADA

Claudeci Rodrigues Bueno (IC, FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA), (UNESPAR/FECILCAM), tiocrau@hotmail.com
Wilma dos Santos Coqueiro (OR), (UNESPAR/ FECILCAM), wilmacoqueiro@ibest.com.br

Considerando ser de grande relevância o estudo do espaço e sua simbologia, na obra Crônica da casa assassinada,do escritor mineiro Lúcio Cardoso, estudamos o espaço patriarcal deste romance contemporâneo, publicado no ano de 1973. Espaço este, que imperava na sociedade da época e, de maneira muito marcante, na casa da família Meneses. Estudando a simbologia deste espaço, podemos compreender o comportamento das personagens. Sendo que estas personagens vivem a decadência das suas vidas pessoais, juntamente com todo o sistema do patriarcado rural das Minas Gerais. Ao analisarmos a obra, verificamos que, de maneira geral, o espaço da casa da família Meneses, carregado de toda uma simbologia histórica de opressão e poder, influenciava nas ações e reações das pessoas que habitavam a casa. Algumas personagens, na ânsia de não se submeterem a esta força, exercida pelo espaço patriarcal, lutam para poder escrever seu próprio destino. Como é o caso das personagens femininas Nina e Ana. Com isso, percebemos que neste embate, casa e personagens começam a se deteriorar juntamente com o sistema patriarcal vigente. A análise da configuração espacial na obra respalda-se nos estudos teóricos de, entre outros, Dimas (1994), Bachelard (2000), Freyre (2000), Fortes (2001; 2010) e Candido (2008).

Palavras-Chave: Espaço patriarcal. Simbologia. Casa dos Meneses.

 

"PAI CONTRA MÃE": A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA NO CONTO DE MACHADO DE ASSIS

Maiara Cristina Segato (G), (UNESPAR/FECILCAM), maiarasegatoletras@gmail.com
Wilma dos Santos Coqueiro (OR), (UNESPAR/FECILCAM), wilmacoqueiro@ibest.com.br

O conto "Pai contra Mãe", de Machado de Assis, publicado em 1906, no livro Relíquias da Casa Velha, ambienta-se no Rio de Janeiro do século XIX antes da abolição da escravatura. Os aspectos sócio-econômicos das personagens beiram a miséria, com dificuldades, dependência e escassez. Dessa forma, nossa análise do conto partirá de um Machado que se reveste de um estilo próprio, utilizando um tom irônico, e compõe um narrador representante da classe dominante, a fim de denunciar a sociedade escravocrata e opressora do século XIX, dando destaque a um panorama econômico-social do conto fundamentado em miséria, exclusão e sofrimento vividos não só pelos escravos, mas também por brancos livres e pobres, que lutavam pela sobrevivência, em uma luta da qual o mais forte sobreviveria ao mais fraco. A análise do conto respalda-se em teorias e discussões sobre Machado de Assis e suas obras, principalmente, de autores como: Antônio Cândido (1970), Alfredo Bosi (1982) e Roberto Schwarz (1988), (2000) e (2004).

Palavras-chave: Machado de Assis. Escravidão. Luta pela sobrevivência.